Basta olhar para qualquer lado em nosso redor, dezenas, centenas de pessoas, a maioria delas de olhos voltados para baixo, para o ecrã dos seus smartphones
. Poderá ser o vício de se manterem ligados ao mundo... mas até que ponto é que isso não os deixa desligados do que se passa mesmo em seu redor. Em São Francisco, um trágico incidente veio levantar esta questão.Durante uma viagem igual a tantas outras, numa carruagem apinhada de gente um homem puxa uma pistola e aponta-a indiscriminadamente em seu redor antes de voltar a guardá-la, e repete a mesma coisa por várias vezes. Em seu redor, dezenas de passageiros permanecem alheados sem qualquer tipo de reacção, de olhos focados nos seus tablets esmartphones
... até que finalmente o homem dispara e atinge mortalmente um estudante de 20 anos que ia sair do comboio.Durante milhares de anos - ou mais propriamente durante toda a evolução que nos permitiu chegar aos dias de hoje - o Homem juntou-se em grupos como método de defesa natural. Actualmente, graças à tecnologia que nos permite estar em todo o mundo, acabamos por deixar de estar no local onde fisicamente estamos, abrindo a porta a incidentes como este (e a outros menos trágicos, como os simples furtos - como se já não fossem uma praga suficiente mesmo no tempo em que as pessoas estavam atentas ao que se passava em seu redor; embora todos passem a notar quando o alvo do roubo é o próprio telemóvel, para surpresa do "alvo".)
Embora seja compreensível a vontade das pessoas em "espairecer" e colocar as notícias em dia, falar com os amigos, jogar os seus jogos favoritos... talvez não seja mau relembrar que há ocasiões para tudo, e que por vezes melhor será estar um pouco mais atento às coisas que realmente estão à nossa volta do que preocupado com o que se passa no ecrã do smartphone
Nenhum comentário:
Postar um comentário